O Mito da Perfeição: Liberte-se e Ame o Processo

Você já se sentiu presa em uma busca incessante pela perfeição? Como se a vida fosse um grande palco e você estivesse constantemente tentando acertar todos os passos? Pois bem, a busca pela excelência é, muitas vezes, uma armadilha que construímos para não encarar nossas falhas de frente. Uma vez, ouvi que esse desejo desenfreado de fazer tudo com perfeição é um mecanismo de defesa para não enfrentarmos nossos próprios medos e vulnerabilidades. E, sabe, fez total sentido para mim.

Na minha primeira formação em Programação Neurolinguística, ouvi a minha mentora dizendo que “somos seres falíveis, e tudo bem!” Eu gostei desta idéia. A perfeição é como aquele arco-íris que a gente vê ao longe, mas que nunca alcança de verdade. Nessa corrida incansável, acabamos perdendo a beleza do agora, do que já somos e de tudo o que conquistamos. Afinal, o “feito é melhor que o perfeito” não é só um ditado popular; é um lembrete de que o progresso vale mais do que a espera pela aprovação dos outros.

Quando nos apegamos à ideia de que precisamos ser impecáveis em tudo, deixamos de lado a oportunidade de crescer com nossos erros. A verdade é que as habilidades podem e devem ser aprendidas, treinadas, lapidadas. Não se trata de esconder nossas falhas, mas de abraçá-las e ver nelas um caminho de evolução. Quando insistimos em querer o “amém” dos outros, estamos, na verdade, nos afastando do que realmente importa: o amor pelo que fazemos.

Pense em quantas vezes você deixou de iniciar um projeto ou compartilhar uma ideia com medo de não ser bom o suficiente. E se, ao invés de buscar a perfeição, você buscasse se aperfeiçoar? A perfeição nos paralisa; o aperfeiçoamento nos liberta. Quando você escolhe agir, mesmo que não esteja perfeito, você está se permitindo aprender, se desenvolver e, o mais importante, viver.

“Amém ≠ Amor” uso bastante para resumir essa reflexão: enquanto a busca pelo “amém” é a tentativa de agradar aos outros, o amor é o que você dedica ao que faz, sem esperar aplausos. Imagine a liberdade de viver sem a pressão de ter que provar algo para alguém. Esse é o convite: ame o que você faz, mesmo que ainda não esteja perfeito. E, a cada passo, celebre o processo, não o fim.

Seja grata pelo que você já sabe, pelo que já conquistou, e siga com o coração leve. Porque, no fim, o que importa não é o quanto você acertou, mas o quanto você amou o que fez. A excelência, afinal, não está na ausência de falhas, mas na coragem de seguir tentando, aprendendo e, claro, amando.

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